Mecânica 2016 abre as portas do anhembi apresentando novos modelos de manufatura inteligente
Com 2.100 marcas, a 31ª edição da MECÂNICA traz programação inédita com 360 horas de conteúdo e apoio de 27 entidades setoriais, confirmando-se como ponto de encontro dos compradores do mercado, e atualização profissional para a indústria de bens de capital
São Paulo, maio de 2016 – A 31ª edição da Feira internacional da MECÂNICA foi aberta nesta terça-feira (17), no Pavilhão de Exposições do Anhembi, na capital paulista. Evento que é referênciapara os negócios do setor de máquinas e equipamentos industriais em toda América Latina, neste ano a organização oferece ao público visitante/comprador uma grade inédita de conteúdo, com mais de 360 horas de apresentações como palestras, workshops e debates, além do Fórum Indústria 4.0, que teve início com apresentações da consultoria Roland Berger. Ao longo dos próximos dias, até a sexta-feira, apresentam-se também Boston Consulting Group (18), Porsche Consulting (19), e EY (20), levando aos participantes casos de sucesso na implantação de tecnologias avançadas na indústria mundial.
Durante a MECÂNICA ainda acontecem debates técnicos e apresentações de expositores e parceirosna Ilha do Conhecimento, aberto aos visitantes, e seminários como o 13º Congresso de Tecnologia em Impressão 3D e para a Indústria 4.0. Na nova Área de Inovação, cerca de 15 empresas apresentam seus mais recentes lançamentos e palestras com especialistas da 3D SYSTEMS, BLM GROUP, +GF+, FANUC, FRONIUS, LINCOLN ELETRIC, MOTOMAN, MURATEC, OKUMA, SKA, STARRETT, TBI, TRUMPF, WHITE MARTINS e YASKAWA.
Este ano a Reed Exhibitions Alcantara Machado espera reunir 90 mil visitantes, número que compreende ao menos 884 empresários de 64 países diferentes, de acordo com o vice-presidente da organizadora, Paulo Octávio Pereira de Almeida. “Reunimos aqui 29 setores da indústria, representados por mais de 2.100 marcas, na feira que é a melhor plataforma de negócios para o setor de bens de capital. Também trabalhamos fortemente para reunir top buyers com os produtos e serviços que realmente procuram na MECÂNICA. A cada edição, nos transformamos cada vez mais em gestores dessa comunidade, com ferramentas como o aplicativo mobile, que sugere as principais marcas que cada visitante deve conhecer”. A Reed também recebe caravanas de 10 cidades brasileiras, facilitando o acesso de potenciais compradores ao evento.
Esta edição da feira tem o apoio de 27 entidades como a Abimei – Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais. Presente na cerimônia de abertura, o presidente da entidade, Paulo Castelo Branco, declarou que “a importação de máquinas traz tecnologias avançadas para a indústria brasileira, e aumenta a produtividade do país. A Abimei quer a indústria brasileira mais competitiva, e não é somente através de oferta de crédito que obteremos isso, mas também de infraestrutura”. Entre os apoiadores estão também ABS – Associação Brasileira de Soldagem; ABFA- Associação Brasileira da Indústria de Ferramentas, Abrasivos e Usinagem; CEISE-BR – Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis; Abinee – Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica; AMT do Brasil; ABEEólica – Associação Brasileira de Energia Eólica, entre outras.
A MECÂNICA 2016 ocorre paralelamente à 8ª Santos Off-Shore Industrial, que acontece pela primeira vez em São Paulo, reunindo expositores dos segmentos de petróleo e gás, químico, naval, portuário, siderúrgico, petroquímico e de meioambiente. Dos 90 mil visitantes esperados, um a cada cinco tem interesse na indústria de petróleo e gás.
O Bradesco e a Petrobras são patrocinadores do evento.
NO FÓRUM INDÚSTRIA 4.0, ROLAND BERGER APONTA NOVA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL COMO OPORTUNIDADE DE NOVOS NEGÓCIOS
O maior desafio é o treinamento de mão de obra qualificada, que deve ser absorvida por países e empresas mais à frente nessa nova etapa industrial.
Rodrigo Custódio, da Roland Berger Brasil, deu início às apresentações do Fórum Indústria 4.0, evento paralelo à Mecânica 2016 com o tema Tecnologia, conectividade e manufatura – uma nova revolução industrial. O consultor fez um panorama das transformações industriais que tem estabelecido alta conectividade entre máquinas e equipamentos como novo padrão de produção. “Essa revolução digital nos processos produtivos exige novos modelos de negócio. O marketing de massa está sendo substituído por ofertas customizadas. A boa notícia é que esse processo ainda não terminou, e proporciona surgimento de novas empresas e novas atividades. A chance de lucro para o futuro é ainda melhor do que é hoje, para quem estiver pronto para essa realidade”.
De acordo com Custódio, somente na Alemanha – base da Roland Berger – em 10 anos a indústria 4.0 pode gerar até € 220 bilhões. No entanto “fábricas que funcionam sozinhas” ainda não são uma realidade completa, mas uma série de conceitos que têm se desenvolvido cada vez mais. O maior desafio para as companhias é o treinamento de mão de obra qualificada, que deve ser absorvida por países e empresas mais à frente nessa nova etapa industrial.
Entre os exemplos, a Okuma [expositora da MECÂNICA no estande H298],empresa japonesa cuja fábrica Dream Site 1 já opera 24h por dia, sete dias por semana – grande parte do tempo sem funcionários humanos – e que tem o abastecimento de pallets feito de forma automática através de veículos autônomos. A alemã Bosch tem investido em incubadoras dentro da empresa, voltadas a atividades como criação de novos softwares livres.
“As últimas tendências para a indústria 4.0 são o desenvolvimento de padrões e maior colaboração entre várias tecnologias, com companhias pautadas pela ideia de acerto e falha, nos moldes das startups norte-americanas”.
A ROBÓTICA TAMBÉM É PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS”, AFIRMA CRIADOR DO INSTITUTO AVANÇADO DE ROBÓTICA
Rogério Vitalli, mestre em robótica industrial e diretor executivo do I.A.R., explica que a maioria das indústrias brasileiras de pequeno e médio porte ainda é resistente à implantação da robótica por acreditar que os custos são altos
Ainda pouco explorada no Brasil, a Robótica Industrial enfrenta o enorme obstáculo da falta de mão de obra qualificada. Não existe curso superior específico de engenharia robótica no país, e a profissão de robotista sequer é regulamentada. Foi assim que nasceu, há um ano, a inciativa do mestre em robótica Rogério Vitalli, de criar o Instituto Avançado de Robótica (I.A.R.), que tem por objetivo qualificar o profissional robotista em programação, operação e manutenção de robôs industriais, desde o nível básico até o nível de perito.
Além dos 44 cursos de qualificação, o I.A.R. também oferece consultoria e assessoria em desenvolvimento de projetos de robótica, automação e mecatrônica. O serviço visa mostrar para o cliente como é possível trazer a robótica para a realidade de sua empresa, mesmo que ela seja de pequeno e médio porte. De acordo com Vitalli, a maioria dos pequenos e médios empresários ainda não tem uma noção muito clara de como a robótica pode ser adaptada para seus respectivos negócios. “Hoje é possível ter um retorno do investimento em robótica em cerca de 18 meses, mesmo nas pequenas e médias empresas, e o nosso grande desafio é desmistificar isso para os empresários, principalmente num momento de incertezas no mercado”, completa Vitalli.
“No Brasil, quando se fala em robôs industriais, ainda existe a crença de que estes equipamentos são viáveis apenas para empresas de grande porte, mas isso é um mito. Em países como a Alemanha, por exemplo, onde a indústria 4.0 já é uma realidade, empresas com 10 a 15 funcionários já têm a robótica industrial como base de sua produção“, afirma Vitalli.
O diretor do I.A.R. explica ainda que o caminho para uma indústria mais desenvolvida passa pela informação como pilar dessa transformação, e o instituto é um projeto pioneiro no País para suprir essa carência.
A entrada da feira é gratuita .
Serviço:
31ª FEIRA INTERNACIONAL DA MECÂNICA
Data: 17 a 21 de maio de 2016
Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi
Av. Olavo Fontoura, 1.209 – Santana – São Paulo – SP – Brasil
FONTE: 2PRÓ Comunicação