TAKAO dá dicas spbre pistões

TAKAO explica como os pistões impactam no desempenho e na durabilidade do motor

São muitas as peças que trabalham escondidas dentro do motor, mas seu papel é vital: transformar a combustão em movimento. O pistão é um dos componentes mais sofisticados do conjunto, e cada detalhe de sua construção faz diferença no desempenho, na durabilidade e até na facilidade de manutenção. Para o reparador, compreender os materiais e tecnologias empregados nos pistões é essencial para diagnosticar falhas, indicar substituições corretas e orientar o cliente sobre a melhor manutenção. Marlon Silva, coordenador técnico da TAKAO, marca de componentes para motor comercializada exclusivamente pela Goop Distribuidora e referência no mercado de reparação automotiva, detalha cada um deles.

Materiais que fazem a diferença

A maioria dos pistões automotivos é fabricada em liga de alumínio, escolhida por ser leve e oferecer excelente dissipação de calor. A composição, no entanto, varia de acordo com a aplicação, potência e combustível utilizado. Nos pistões oferecidos pela TAKAO para motores da Toyota Hilux, por exemplo, é aplicado o PTF, um material mais escuro, capaz de suportar temperaturas elevadas e favorecer a troca de calor, algo crucial em motores diesel.

Para reduzir atrito e prolongar a vida útil, os pistões recebem tratamentos específicos:

  • Estanho:minimiza o atrito inicial no contato com o cilindro.
  • Fosfatização e anodização:aplicadas na cabeça e na primeira canaleta, evitam o travamento dos anéis em motores a álcool e flex.
  • Grafite na saia:atua como lubrificante sólido, garantindo movimento suave mesmo sob altas temperaturas.

“Na prática, quando o mecânico desmonta o motor, o estado desses revestimentos ajuda a identificar problemas de lubrificação, superaquecimento ou falhas no amaciamento”, comenta Marlon Silva.

Reforços para altas pressões

E motores diesel, a primeira canaleta recebe um inserto de aço para resistir ao desgaste causado pelos anéis de compressão. Já em motores de maior potência, há pistões com porta anel, que aumentam a resistência mecânica da região e suportam melhor as altas cargas de trabalho.

Controle de temperatura: segredo da durabilidade

A cabeça do pistão pode ultrapassar 1.300 °C durante a combustão. Para controlar esse calor extremo, muitos motores modernos contam com o jet cooler, um bico injetor que lança óleo diretamente sob o pistão. Esse óleo circula por canais internos (galeria de óleo), absorve calor e retorna ao cárter, funcionando como um radiador interno. Nos projetos mais antigos, o resfriamento era feito por chapas dissipadoras, que redistribuíam a temperatura dentro da peça.

Outros recursos tecnológicos

 Cubo do pino em bronze:aumenta a resistência ao desgaste em motores de alta compressão.

Chapa auto térmica:fundida junto ao pistão, controla a dilatação na região dos pinos e auxilia na troca de calor com o óleo.

Cada solução aplicada ao pistão — do material à engenharia de resfriamento — tem um propósito claro: reduzir atrito, suportar temperaturas extremas e aumentar a resistência mecânica. “Para o reparador, conhecer essas características é a chave para diagnósticos mais rápidos, reparos mais precisos e para garantir ao cliente final um motor confiável e duradouro”, conclui Marlon.