MA8 divulga pesquisa sobre tendências e novas tecnologias no setor automotivo com foco em carros elétricos
A MA8 Management Consulting, grupo de consultores especializados em gestão, planejamento estratégico e inteligência de mercado, acaba de divulgar a 2ª pesquisa sobre TENDÊNCIAS E NOVAS TECNOLOGIAS NO SETOR AUTOMOTIVO, edição 2018. A 1ª pesquisa sobre esse tema, divulgada pela MA8, ocorreu há dois anos. Durante 22 dias, 760 pessoas participaram da pesquisa, sendo 77% delas com idade acima de 40 anos e 93% com formação superior e inseridas no mercado automotivo, sendo 79% delas atuantes há mais de dez anos no setor. A metodologia é exploratória com grau de confiança de 95% e foi realizada durante o período de 22 de março a 13 de abril de 2018.
Com o objetivo de compreender a percepção deste universo quanto à chegada das novas tecnologias no setor automotivo e o impacto iminente nos negócios, investimentos e formas gestão, as questões abordaram o nível de conhecimento sobre veículos elétricos e autônomos, indústria 4.0, mobilidade urbana, confiança na indústria nacional, desafios do setor, fontes de tecnologias, entre outras.
Segundo o consultor Orlando Merluzzi, CEO da MA8, a pesquisa mostrou que a maioria do universo pesquisado já percebeu a velocidade das mudanças e a forma como seus negócios serão impactados: “95% das pessoas que responderam disseram que estão atualizadas ou muito atualizadas em relação às novas tecnologias no setor automotivo. Essa segunda pesquisa apresenta muita consistência com relação à primeira, divulgada há dois anos, mas a percepção sobre os prazos das mudanças no setor e o impacto nos negócios, aumentou significativamente. Em 2016, 32% das pessoas diziam que as novas tecnologias no setor automotivo impactariam seus negócios em até três anos, mas hoje esse percentual aumentou para 41%”.
Confiança da indústria nacional
A pesquisa abordou o grau de confiança no setor automotivo brasileiro e sua capacidade de acompanhar a evolução tecnológica nos países desenvolvidos. “A capacitação brasileira faz-se presente aos respondentes da pesquisa 2018, quando colocam em um mesmo nível tecnológico a Boeing com a Embraer, mas duvidam que o Brasil conseguirá acompanhar a evolução dos carros elétricos em curto espaço de tempo, correndo sério risco de ficar para trás em relação ao desenvolvimento mundial. Outro fator que persistiu claramente, pois já havia sido identificado na pesquisa de 2016, foi a desconfiança quanto aos carros chineses”, diz Orlando Merluzzi. Segundo a pesquisa, apenas 27% dizem que o Brasil conseguirá acompanhar o desenvolvimento tecnológico no setor automotivo nos próximos cinco anos e 66% acreditam que o País corre risco de se distanciar do desenvolvimento tecnológico global para carros elétricos.
Fornecedores para o setor automotivo
A chegada dos carros elétricos será um duro golpe nos negócios de muitos fornecedores tradicionais no setor automotivo. “Os carros elétricos possuem 50% menos peças móveis, não trocam óleos nem filtros, não possuem velas nem correias e uma pastilha de freio pode durar até 150 mil quilômetros. Na pesquisa, 84% das pessoas acreditam que muitos fornecedores do setor automotivo deixarão de existir em até dez anos, por causa da chegada das novas tecnologias e dos carros elétricos. É uma ruptura e exigirá que muitas empresas reformulem seus negócios”, complementa o consultor e CEO da MA8.
Mobilidade
A mobilidade urbana é um tema recorrente em qualquer análise de tendências e projeções para o setor e algumas montadoras até já possuem seus próprios serviços de compartilhamento de veículos (car sharing). Na pesquisa divulgada, 70% das pessoas acreditam que o transporte compartilhado ou em cooperativa são as melhores soluções para a questão da mobilidade urbana nos grandes centros. Há estudos que apontam que, em São Paulo, daqui a dez anos, a velocidade média dos carros poderá ser reduzida para 4 quilômetros por hora nos horários comerciais e Orlando Merluzzi lembra que uma pessoa pode caminhar a uma velocidade superior a isso.
O papel da China
Merluzzi, que atua no setor automotivo há mais de 30 anos, diz que pode-se notar na pesquisa algum ceticismo sobre os carros autônomos chineses e essa percepção talvez reflita o desconhecimento das pessoas quanto ao avançado estágio de desenvolvimento tecnológico da China nessa área. “Perguntamos se as pessoas viajariam em um carro autônomo em determinada rodovia no Brasil e 48% dos respondentes disseram que fariam a viagem em um carro autônomo (sem motorista). Esse índice caiu para 32% se o carro for “chinês” e subiu para 54% quando especificado como um carro “alemão”, finaliza o consultor.
Fonte: MM Editorial